Olá,
Este texto foi escrito após uma aula de Comunicação e Realidade Brasileira, onde discutíamos o papel da mídia no evento dos Ataques Terroristas de 11 de Setembro.
É preciso deixar claro que este texto refere-se ao meu olhar a respeito do mencionado fato.
Aproveite :)
A mídia e os atentados de 11 de Setembro
O documentário Fahrenheit 11 de Setembro critica o governo Bush, ao revelar dados , anteriormente obscurecidos, sobre os atentados de 11 de setembro. Todo desenrolar da história se inicia com a revelação de fraudes que levaram George W. Bush ao poder. A forma na qual o presidente se elegeu demonstrava uma pequena prévia do que seria o seu governo.
Com a popularidade em baixa entre os norte americanos, uma imagem de descompromisso se vinculava ao presidente, que preferiu sair de férias a maior parte do tempo, durante seus nove primeiros meses de mandato.
Porém um fato seria decisivo para que o seu prestigio viesse ocupar o imaginário popular estadunidense . Os ataques terroristas de 11 de setembro, reinventaram a figura de Bush , o transformando no presidente que combateu a favor da paz: “guerra contra o terror”.
Além de o documentário expor as relações comerciais entre os EUA e Osama Bin Laden, onde os atentados de 11 de setembro se tornaram fator importante para o fortalecimento indústria bélica, se desmistificou toda a questão da guerra contra o Iraque.
É neste ponto onde se torna claro a postura da mídia, como aliada ao governo Bush, reprodutora de um discurso determinante para o medo e tensão da sociedade norte americana.
Desde o início a presença massiva da mídia, gerou uma espécie de justificativa à guerra do Iraque, ao reforçar a ideia dos atentados de 11 de setembro como o maior atentado de todos os tempos. Posteriormente esta mesma mídia deu suporte a um discurso inflamado, que deu ao presidente Bush, um ar de mártir, líder preocupado com a segurança de sua nação.
Vale lembrar também de toda campanha publicitária criada em torno do alistamento militar, transformando a convocação pra guerra em algo honroso, além de possibilitar a melhora de vida, e um futuro promissor.
Portanto, diante de alguns fatos demonstrados no referido documentário, se pode observar a intima relação entre mídia e política. Pois em nenhum momento a mídia tradicional se opôs ao discurso produzido pelo presidente e seus partidários. Pelo contrário, ao passo que a guerra seguia, emissoras de tevê e jornais impressos endossavam a esfera de medo, a defesa do EUA, enfim, a “guerra contra o terror”.
Ao trazer esta análise para o âmbito acadêmico, surgi o questionamento que se faz constante nos estudos em comunicação. Até que ponto a mídia é capaz de criar a realidade? Tendo em vista a apropriação de fatos reais, neste caso, os ataques terroristas, a mídia se torna principal veículo de divulgação, conseqüentemente consolidação de um ideal vindo, infelizmente, daqueles que detém o poder.
Sendo assim, os ataques dos 11 de setembro não alcançariam a dimensão que recebeu. Este episódio não geraria tantos estereótipos, como por exemplo, o do mulçumano terrorista, muito menos causaria tantas mortes inocentes, por conta de uma realidade ficcionada, amplamente anunciada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário